sábado, abril 20, 2013

Recital rosaliano de A Porta Verde!


O sábado 27 de abril ás 19:00 h.
na Casa de ROSALÍA!
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Achegádevos!!!
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domingo, abril 14, 2013

Benvido, compañeiro! Andaleee!!!



aterrando

o tempo o espacio
son ben relativos
eu dous días aterrando
de continente a continente
foime demasiado rápido
e dirán que eran moi lentas
aquelas travesías en barco

nestes dous meses de ausencia
perece que perdín dous anos
este raro país da chuvia
con mal paso camiñando
perdendo as súas raices
desde dentro e fora golpeado

relativo espacio tempo

eu dous días aterrando

manolo pipas

fonte: envolventes as palabras

quinta-feira, abril 11, 2013

"CASTAS" - Marília Miranda Lopes


.
Douro Sol Douro Baga
 
Douro Sol Douro Baga
de ouro o Sol e o que traga
este rio diluindo reflexos
gentes
fervura de círculo
substância
movimento em traçado
Douro estado
em romper de sombra
corpo intenso perpetuando volume
vibração de margens
Amiúde o vento abranda
o silêncio cristaliza
a essência das cores
aromas vindimados
suavemente
Então o tempo pára por momentos
O rio é a serpente que atravessa o céu
o céu o rio que se transforma em gente.
 
.
Pés Descalços
 
Pés descalços sobre o mosto
essências de segredo
química
substâncias
na profundidade do lagar
 Cânticos telúricos de arrepiar nervuras
 Crentes os que celebram
a emancipação
o vinho novo
anunciação lançada sobre caves
 sob pés e pernas
o fruto
parido em suor
canções que Baco trará
depois das chuvas.
.
 
As minhas mãos
 
Em concha as minhas mãos oferecem
o sabor da titânica
 
paisagem de ranchos
vindimadores numa estreita
 
dádiva
água criadora
serros montes encostas vales
terra lavrada
 
as brancas casarias avistam
o labutar dos membros
os rebanhos a chocalhar
ermas fora
 
O rio abre um sulco navegante
que se ergue em cachões difíceis
como estes braços
 
vergastando machos
que equilibram canastros
recalcados de uvas
 
onde poisam abelhas
pelo melaço.
 
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................................... "Castas" (nº11 dos Q de Vián cadernos)
................................... de Marília Miranda Lopes (Portugal)

sexta-feira, abril 05, 2013

"Letras de Amor e Guerra" - de Ramiro Vidal.


(...)
 

Vencerá a estirpe, sob desta bandeira corsária
Porto rebelde proclamado, no meio de feras águas
Eu, albatros irreductível, alço a espada
Tu, areia cálida, praia desejada,
Tinge-me do sal da liberdade
Quero chantar a semente pirata neste limbo
E proclamar a República dos abraços livres.
 
(...)
 
O teu nome sabe a serám indeterminado de Abril
Quinta feira, esperança de porto-refúgio
Cerveja a pressom precoce
Conversa ao alouminho do Apolo generoso
Em perfume de cidade
E quem puidera, a música dos teus sapatos de salto
A maruxía da tua gargalhada nervosa
A brisa das tuas entoaçons...
...mas afoga o náufrago na tona das ondas,
na boca da escuma
a cada golpe de jarro
pode que um sábado a espiral rompa com a espada de um saúdo
fortuito
no entanto, as sílabas do teu nome venhem e vam em conversas com
estaçom-termo no limiar da noite, entre ruídos de bater de vidro
e clamor de proletariado urbano
 
(...) ........................
.......................................... (Ramiro Vidal Alvarinho)